A percepção do usuário quanto ao projeto padrão adotado na arquitetura escolar brasileira
Resumo
No Brasil, no início do período republicano, com o entendimento da educação como ferramenta progresso, surgiu a prática da criação de instituições escolares originadas em um modelo padrão. O processo de industrialização do país, aliado à normatização da arquitetura, fez com que a reprodução de projetos padronizados se tornasse comum a nível nacional, embasada na justificativa do desenvolvimento através da racionalização e estandardização da construção. Nos anos 1990, o país implementou novos programas sociais, um deles embasado na educação em turno integral com nova estrutura pedagógica, materializado nos Centros Integrais de Atenção à Criança e ao Adolescente – CIACs – escolas de projeto padrão com autoria do arquiteto João Filgueiras Lima. Em 1992, o programa que originou as escolas CIAC foi alterado e esse modelo de instituição passou a ser chamado de CAIC – Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente, tendo poucas alterações em seu projeto arquitetônico e mantendo o mesmo programa pedagógico já utilizado. Através de um estudo de caso no CAIC da cidade de Pelotas, em que foram realizadas entrevistas com professores da escola para compreender sua percepção frente a uma escola de arquitetura padrão, este artigo apresenta os CAICs e seu histórico, assim como trata da apropriação e da formação de identidade dos usuários no contexto do projeto padrão. O trabalho evidencia que esse tipo de atuação já coloca a futura edificação sujeita a prováveis intervenções, de forma que o usuário possa sanar os problemas oriundos da falta do planejamento participativo na fase projetual da escola.
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Copyright (c) 2021 José Henrique Cordeiro, Lisiê Kremer Cabral, Adriana Portella, Ana Lúcia Costa de Oliveira
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