Conectividade com a natureza, mitigação e adaptação à mudança Conectividade com a natureza, mitigação e adaptação à mudança
climáticaclimática
Connectedness with nature, mitigation and adaptation to climate Connectedness with nature, mitigation and adaptation to climate
changechange
Recibido: 01 Noviembre 2019 | Aceptado: 05 Febrero 2020
Claudia Pato
1
1
Universidade de Brasília
Autor de correspondencia. Correo electrónico: claudialyrapato@gmail.com
Resumo Resumo
As mudanças climáticas globais apresentam-se como o maior desao do
século para a humanidade. Dado o consenso do impacto humano sobre
os problemas ambientais é urgente repensar o nosso estilo de vida e as
nossas relações com o sistema de vida planetário. Estudos sobre a
dimensão humana das mudanças climáticas têm investigado as motivações
das pessoas para preservar o ambiente natural e o quanto se consideram
parte da natureza. Salientam que a conexão com a natureza desempenha
um papel importante na mitigação e adaptação às alterações climáticas.
Considerando a centralidade da dimensão cognitiva na construção da
identidade e a relevância da conectividade com a natureza para a
promoção do bem-estar psicológico, o equilíbrio das relações entre os
seres humanos, o ambiente natural e as diferentes formas de vida, torna-se
essencial que a educação atue nesta perspectiva, articulada com a psicologia,
especialmente com crianças e adolescentes, para formar uma geração
sustentável.
Palavras-chave: conectividade com a natureza; mudanças climáticas; mitigação e
adaptação; educação ambiental; psicologia ambiental.
AbstractAbstract
Global climate change presents itself as the greatest challenge of
the century for humanity. Given the consensus of human impact on
environmental problems, it is urgent to rethink our lifestyle and our
relationships with the planetary life system. Studies on the human
dimension of climate change have investigated people’s motivations to
preserve the natural environment and how much they consider themselves
part of nature. They point out that the connection with nature plays an
important role in the mitigation and adaptation to climate change. Taking
to account the centrality of the cognitive dimension in the construction of
identity and the relevance of connectedness with nature for the promotion
of psychological well-being, the balance of relationships
Ambiente, Comportamiento y Sociedad. 2020, 3(1),8-15. eISSN 2709-8219X
DOI: https://doi.org/10.51343/racs.v3i2.418
between human beings, the natural environment, and the dierent forms
of life, becomes essential that education acts in this perspective,
articulated with psychology, especially with children and adolescents,
to form a sustainable generation.
ResumenResumen
El cambio climático global se presenta como el mayor desafío del
siglo para la humanidad. Dado el consenso sobre el impacto
humano en los problemas ambientales, es urgente repensar nuestro
estilo de vida y nuestras relaciones con el sistema de vida planetario. Los
estudios sobre la dimensión humana del cambio climático han investigado las
motivaciones de las personas para preservar el medio ambiente
natural y en qué medida se consideran parte de la naturaleza. Señalan que la
conexión con la naturaleza desempeña un papel importante en la
mitigación y la adaptación al cambio climático. Teniendo en cuenta la
centralidad de la dimensión cognitiva en la construcción de la identidad y la
relevancia de la conexión con la naturaleza para la promoción del bienestar
psicológico, el equilibrio de las relaciones entre los seres humanos, el medio
ambiente natural y las diferentes formas de vida, se hace imprescindible que la
educación actúe en esta perspectiva, articulada con la psicología,
especialmente con los niños y adolescentes, para formar una generación
sostenible.
IntroduçãoIntrodução
A mudança climática global se apresenta como o maior desao do
século para a humanidade (Swim, Stern, et al., 2011). Consequentemente, os problemas
ambientais se converteram no principal desao para os pesquisadores das diferentes
áreas do conhecimento, incluindo as ciências humanas e sociais, como a Psicologia e a
Educação. Diante do consenso do impacto humano sobre os problemas ambientais
(Schultz et al., 2014; Swim, Clayton, & Howard, 2011), geralmente associados à
chamada crise ecológica ou civilizacional (Dansa, Pato, & Corrêa, 2014; Pato &
Delabrida, 2019), é urgente repensarmos nosso modo de vida e nossas relações com o
sistema de vida planetário.
Os aspectos humanos da mudança climática envolvem não só os impactos
negativos como também os positivos, que afetam direta ou indiretamente a vida das
pessoas ao redor do planeta. De um lado, constata-se a degradação das condições
de vida, sobretudo nos grandes centros urbanos. O crescimento de doenças
respiratórias associadas à poluição do ar, as frequentes enchentes e os períodos de secas
Palabras clave: conexión con la naturaleza; cambio climático; mitigación y
adaptación; educación ambiental; psicología ambiental.
9
Ambiente, Comportamiento y Sociedad
(2020) 33, 1, 8-15
Key words: connectedness with nature; climate change; mitigation and adaptation;
environmental education; environmental psychology.
prolongados, que resultam em perda da moradia, escassez de alimentos e migração,
o trânsito congestionado, que provoca estresse e poluição, entre outros, são exemplos
vivenciados cotidianamente. De outro, emergem as respostas individuais e coletivas
a essas situações, tais como a busca pela mobilidade urbana saudável (Ex: Uso de
bicicletas e patinetes), o plantio de mudas nativas para recuperação da cobertura vegetal
degradada e de nascentes, o desenvolvimento de tecnologias para uso de energia limpa
e assim por diante. Ambos os aspectos estão associados ao que os cientistas chamam
de mitigação e adaptação à mudança climática (Bradley & Reser, 2017; Giord, 2014).
Estudos sobre a dimensão humana da mudança climática têm investigado as
motivações das pessoas para conservar e preservar o ambiente natural e o quanto
elas se consideram parte da natureza, entre outros. Estudos prévios apontam que a
conexão que as pessoas estabelecem com a natureza desempenha um papel importante na
percepção ambiental, na preocupação com os problemas ambientais, na formação de
atitudes e crenças ambientais e no engajamento em comportamentos ecológicos (Calder,
2015; Capaldi A., Dopko L., & Zelenski, 2014; Higuchi, Paz, Roazzi, & de Souza,
2018; Nisbet, Zelenski, & Grandpierre, 2019; Wang, Geng, Schultz, & Zhou, 2017).
Por sua vez, estudos nessa linha de investigação têm apontado a
existência de barreiras psicológicas, que impedem ou dicultam o engajamento das
pessoas na mitigação dos problemas ambientais e no processo de adaptação a eles
(Giord, 2011; Giord & Chen, 2017; Lacroix & Giord, 2018). No geral, essas
barreiras estão associadas às crenças, à visão de mundo, ao desconhecimento e à
diância psicológica percebida e sentida pelas pessoas sobre os problemas ambientais.
A conexão com a natureza diz respeito ao sentido de pertencimento e à percepção
de integração com a natureza. Envolve a conectividade, o cuidado e o compromisso com
a natureza. Está associada à saúde mental e à qualidade de vida, seja por contato direto
ou indireto, inclusive imaginado (Ahn et al., 2016; Sellmann & Bogner, 2013). Dessa
forma, promover a conexão com a natureza pode favorecer o processo de mitigação
e adaptação humana à mudança climática, possibilitando a restauração do bem-estar
psicológico, o alívio do eresse e o engajamento na proteção ambiental, entre outros.
Conectividade com a natureza – Um caminho para adaptação à mudança climática e à Conectividade com a natureza – Um caminho para adaptação à mudança climática e à
proteção ambientalproteção ambiental
De acordo com Schultz (2002; 2004), a vida na cidade tem gerado um
distanciamento cada vez maior da natureza. Nosso cotidiano urbano é quase
exclusivamente vivenciado em ambientes construídos, tais como escolas, escritórios,
casas e apartamentos, shoppings centers, carros, entre outros. Assim, para o autor,
os ambientes construídos segregam os seres humanos da natureza, apesar de sermos
intrinsecamente parte dela e dependermos dela para a nossa existência e sobrevivência
como espécie e sociedade. Consequentemente, nossos hábitos e estilos de vida são cada
vez mais insustentáveis e cultivamos uma visão romântica e idealizada de natureza.
A percepção de inclusão na natureza, correspondente à conexão com a
natureza, refere-se a um constructo psicológico, com componentes cognitivos, afetivos
e comportamentais. Centra-se na compreensão que o indivíduo tem sobre seu lugar na
Ambiente, Comportamiento y Sociedad
(2020) 33, 1, 8-15 10
natureza, o valor de seu lugar na natureza e suas ações que impactam a
natureza. O núcleo central é cognitivo e refere-se à “extensão na qual o indivíduo
inclui a natureza dentro de sua representação cognitiva do self”, entendido como
pensamentos e sentimentos sobre quem o indivíduo é (Schultz, 2002, p. 67).
Esse entrelaçamento dos componentes cognitivos, afetivos e comportamentais
parece sugerir um modelo explicativo de relação causal. Para Schultz (2002), não é
possível supor que haja um envolvimento ativo na proteção da natureza na ausência
de cuidado e de percepção de conectividade com ela. Logo, se desejamos promover a
proteção ambiental, a mitigação e a adaptação à mudança climática, torna-se necessário
educar as pessoas para que desenvolvam ou fortaleçam essa conectividade com
a natureza.
Tendo em vista que as crianças serão os adultos de amanhã e que as
mesmas encontram-se em processo de formação e consolidação de seus
sistemas de valores e crenças, considera-se importante atuar na formação
dessas crianças, de modo a ativar os valores ecológicos (Pato, 2011) e a
promover a conectividade com a natureza (Bruni & Schultz, 2010; Kimble, 2014; Ulset,
Vitaro, Brendgen, Bekkhus, & Borge, 2017). Assim, as crianças poderão
constituir sua identidade se percebendo integradas à natureza, valorizando-a
e protegendo.
Considerações naisConsiderações nais
Considerando a centralidade da dimensão cognitiva na construção da
identidade e a relevância da conectividade com a natureza para a promoção do
bem-estar psicológico, o equilíbrio das relações entre os seres humanos, o ambiente
natural e as distintas formas de vida, torna-se fundamental que a educação atue nessa
perspectiva, articulada com a psicologia. E isso é particularmente essencial para as
crianças e os jovens, uma vez que estes estão vivendo cada vez mais apartados dos
ambientes naturais e dos jogos e brincadeiras ao ar livre. Atualmente, as crianças cam
praticamente restritas aos ambientes construídos e à tecnologia, seja por preferência,
seja para evitar a violência crescente nos contextos urbanos. Desse modo, a escola
torna-se, muitas vezes, a única opção para que as crianças possam experimentar o
contato com a natureza e as brincadeiras ao ar livre, além de poderem conhecer e
aprender mais sobre as questões ambientais e os sistemas e ecossistemas existentes.
Para que essa educação seja viável, é necessário que a escola extrapole o
espaço construído, a sala de aula, e saia da rotina pedagógica. É importante
envolver atividades formativas de modo vivencial, para que as crianças sintam e
possam compreender seu lugar na natureza. Para tanto, torna-se essencial uma
aliança entre psicologia e educação, uma ação integrada e fundamentada na inter e na
transdiciplinaridade (Pato & Delabrida, 2019). Com base nos modelos explicativos e
nos métodos da psicologia, a ação pedagógica poderá ser mais efetiva. Espera-se, assim,
promover a conectividade e a construção da identidade associada à compreensão de
interdependência entre ser humano e natureza, contribuindo para a sustentabilidade
planetária.
11
Ambiente, Comportamiento y Sociedad
(2020) 33, 1, 8-15
ReferenciasReferencias
Ahn, S. J. G., Bostick, J., Ogle, E., Nowak, K. L., McGillicuddy, K. T., & Bailenson,
J. N. (2016). Experiencing Nature: Embodying Animals in Immersive Virtual
Environments Increases Inclusion of Nature in Self and Involvement With
Nature.
Journal of Computer-Mediated Communication,
21(6), 399–419.
https://doi.org/10.1111/jcc4.12173
Bradley, G. L., & Reser, J. P. (2017). Adaptation processes in the
context of climate change: a social and environmental psychology perspective.
Journal of Bioeconomics,
19(1), 29–51. https://doi.org/10.1007/s10818-
016-9231-x
Bruni, C. M., & Schultz, P. W. (2010). Implicit beliefs about self and nature: Evidence
from an IAT game.
Journal of Environmental Psychology,
30(1), 95–102.
https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2009.10.004
Calder, G. (2015). Local natures? Climate change, beliefs, facts and norms.
Climatic Change,
133(3), 525–533. https://doi.org/10.1007/s10584-015-1418-y
Capaldi A., C. A., Dopko L., R. L., & Zelenski, J. M. (2014). The relationship
between nature connectedness and happiness: A meta-analysis.
Frontiers in
Psychology,
5(AUG), 1–15. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2014.00976
Dansa, C., Pato, C., & Corrêa, R. (2014). Educação Ambiental e Ecologia Humana:
Contribuições para um debate. In J. Marques (Ed.),
Ecologias Humanas
(1sted.,
pp. 207–216). Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana.
Giord, R. (2011). The dragons of inaction: Psychological barriers that limit climate
change mitigation and adaptation.
American Psychologist
, 66(4), 290. https://
doi.org/10.1037/a0023566
Giord, R. (2014). Environmental Psychology Matters.
Annual Review of
Psychology,
65(1), 541–579. https://doi.org/10.1146/anurev-
psych-010213-115048
Giord, R., & Chen, A. K. S. (2017). Why aren’t we taking action? Psychological
barriers to climate - positive food choices.
Climatic Change,
140(2),
165–178 https://doi.org/10.1007/s10584-016-1830
Higuchi, M. I. G., Paz, D. T., Roazzi, A., & de Souza, B. C. (2018). Knowledge and
beliefs about climate change and the role of the Amazonian forest among
university and high school students.
Ecopsychology,
10 (2), 106 – 116.
https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1089/eco.2017.0050
Kimble, G. (2014). Children learning about biodiversity at an environment centre,
a museum and at live animal shows.
Studies in Educational Evaluation,
41,
48–57. https://doi.org/10.1016/j.stueduc.2013.09.005
Ambiente, Comportamiento y Sociedad
(2020) 33, 1, 8-15 12
Ahn, S. J. G., Bostick, J., Ogle, E., Nowak, K. L., McGillicuddy, K. T., & Bailenson,
J. N. (2016). Experiencing Nature: Embodying Animals in Immersive Virtual
Environments Increases Inclusion of Nature in Self and Involvement With
Nature.
Journal of Computer - Mediated Communication,
21(6), 399–419.
https://doi.org/10.1111/jcc4.12173
Bradley, G. L., & Reser, J. P. (2017). Adaptation processes in the
context of climate change: a social and environmental psychology perspective.
Journal of Bioeconomics,
19(1), 29–51. https://doi.org/10.1007/s10818-016-
9231-x
Bruni, C. M., & Schultz, P. W. (2010). Implicit beliefs about self and nature:
Evidence from an IAT game.
Journal of Environmental Psychology,
30(1), 95–102. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2009.10.004
Calder, G. (2015). Local natures? Climate change, beliefs, facts and norms.
Climatic Change
, 133(3), 525–533. https://doi.org/10.1007/s10584-015-1418-y
Capaldi A., C. A., Dopko L., R. L., & Zelenski, J. M. (2014). The
relationship between nature connectedness and happiness: A meta-analysis.
Frontiers in Psychology,
5(AUG), 1–15. https://doi.org/10.3389/
fpsyg.2014.00976
Dansa, C., Pato, C., & Corrêa, R. (2014). Educação Ambiental e Ecologia
Humana: Contribuições para um debate. In J. Marques (Ed.),
Ecologias
Humanas
(1st ed., pp. 207–216). Feira de Santana: Universidade Estadual de
Feira de Santana.
Giord, R. (2011). The dragons of inaction: Psychological barriers that limit climate
change mitigation and adaptation.
American Psychologist,
66(4), 290. https://
doi.org/10.1037/a0023566
Giord, R. (2014). Environmental Psychology Matters.
Annual Review of
Psychology
, 65(1), 541–579. https://doi.org/10.1146/an
nurev-psych-010213-115048
Giord, R., & Chen, A. K. S. (2017). Why aren’t we taking action? Psychological
barriers to climate-positive food choices.
Climatic Change
, 140(2), 165–178.
https://doi.org/10.1007/s10584-016-1830-y
Higuchi, M. I. G., Paz, D. T., Roazzi, A., & de Souza, B. C. (2018). Knowledge and
beliefs about climate change and the role of the Amazonian forest among
university and high school students.
Ecopsychology,
10(2), 106–116. https://
doi.org/http://dx.doi.org/10.1089/eco.2017.0050
Kimble, G. (2014). Children learning about biodiversity at an environment centre,
a museum and at live animal shows.
Studies in Educational Evaluation
, 41,
48–57. https://doi.org/10.1016/j.stueduc.2013.09.005
13
Ambiente, Comportamiento y Sociedad
(2020) 33, 1, 8-15
Lacroix, K., & Giord, R. (2018). Psychological Barriers to Energy Conservation
Behavior : The Role of Worldviews and Climate Change Risk Perception.
Environment and Behavior,
50(7), 749–780. https://doi.
org/10.1177/0013916517715296
Nisbet, E. K., Zelenski, J. M., & Grandpierre, Z. (2019).
Mindfulness in Nature
Enhances Connectedness and Mood.
11(2), 81–91. https://doi.org/10.1089/
eco.2018.0061
Pato, C. (2011). Valores ecológicos. In S. Cavalcante & G. A. Elali (Eds.),
Temas
Básicos em Psicologia Ambiental
(pp. 296–307). Petrópolis: Vozes.
Pato, C., & Delabrida, Z. N. C. (2019). Proposta transdisciplinar em contextos
formativos: chave mestra para a sustentabilidade. In M. I. G. Higuchi, A.
Kuhnen, & C. Pato (Eds.),
Psicologia ambiental em contextos urbanos
(1st ed.,
pp. 33–57). Florianópolis: Edições do Bosque/UFSC.
Schultz, P. W. (2002). Inclusion with nature: The Psychology of Human-Nature
Relations. In P. Schmuck & P. W. Schultz (Eds.),
Psychology of Sustainable
Development
(pp. 61–78). Boston, MA: Springer.
Schultz, P. W., Milfont, T. L., Chance, R. C., Tronu, G., Luís, S., Ando, K., … Gouveia,
V. V. (2014). Cross-Cultural Evidence for Spatial Bias in Beliefs About the S
everity of Environmental Problems.
Environment and Behavior,
46(3), 267–
302. https://doi.org/10.1177/0013916512458579
Schultz, P. W., Shriver, C., Tabanico, J. J., & Khazian, A. M. (2004). Implicit
connections with nature.
Journal of Environmental Psychology,
24(1), 31–42.
https://doi.org/10.1016/S0272-4944(03)00022-7
Sellmann, D., & Bogner, F. X. (2013). Eects of a 1-day environmental education
intervention on environmental attitudes and connectedness with nature.
European Journal of Psychology of Education,
28(3), 1077–1086. https://doi.
org/10.1007/s10212-012-0155-0
Swim, J. K., Clayton, S., & Howard, G. S. (2011). Human Behavioral Contributions
to Climate Change: Psychological and Contextual Drivers.
American
Psychologist,
66(4), 251–264. https://doi.org/10.1037/a0023472
Swim, J. K., Stern, P. C., Doherty, T. J., Clayton, S., Reser, J. P., Weber, E.
U., Howard, G. S. (2011). Psychology’s Contributions to Understanding and
Addressing Global Climate Change.
American Psychologist
, 66(4), 241–250.
https://doi.org/10.1037/a0023220
Ulset, V., Vitaro, F., Brendgen, M., Bekkhus, M., & Borge, A. I. H. (2017). Time spent
outdoors during preschool: Links with children’s cognitive and behavioral
development.
Journal of Environmental Psychology,
52, 69–80. https://doi.
org/10.1016/j.jenvp.2017.05.007
Ambiente, Comportamiento y Sociedad
(2020) 33, 1, 8-15 14
Wang, J., Geng, L., Schultz, P. W., & Zhou, K. (2017). Mindfulness Increases
the Belief in Climate Change: The Mediating Role of Connectedness With
Nature.
Environment and Behavior,
001391651773803. https://doi.
org/10.1177/0013916517738036
15
Ambiente, Comportamiento y Sociedad
(2020) 33, 1, 8-15